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Brasília. A Capital de qualquer outro país.

Voltei fascinada com tudo que vi. Somente grandes mestres, empreendedores e artistas com um olhar encravado no futuro, poderiam ter imaginado e construído uma cidade como essa a partir do sonho e do pó. Da mente e do trabalho. Haja talento...

Brasília me fez sentir fora do Brasil em um pais imaginário, distante de todas as grandes cidades brasileiras que eu já havia conhecido. Não havia lanchonetes de esquina, vendendo coxinhas e sucos naturais. Não senti aquele familiar odor úmido de suor, maresia o garoa. Não me deparei com um cano quebrado vazando sem conserto ou uma sucessão emaranhada de fios laminando o céu com seus feios postes. Nas ruas, o povo não calçava chinelos e não vi camelôs vendendo um pouco de tudo para sobreviver. Nenhuma calçada revestida graciosamente com pedras portuguesas brancas e pretas. Poucos faróis e quase nenhum trânsito. Amplas e muitas vagas de estacionamento, pouquíssimos moradores de rua, nenhum mendigo. Somente uma pichação “ Fora Temer. Diretas Já” na parede branca e arredondada da biblioteca federal do DF. Não vi de aglomerações de gente nem filas intermináveis para entrar em cinemas ou num edifício qualquer. Creio haver visto somente um ônibus, que não estava abarrotado de gente. Nada de morros, praias, coqueiros, gordurosas coxinhas ou tradicionais caipirinhas. Nem anúncio de cerveja vi.

Do site da fundação Athos B

ulcao, transcrevo os textos:

"Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acredita fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acredita em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. "Arte é cosa mentale", diz, citando Leonardo da Vinci.

Como diria o arquiteto e amigo pessoal, João Filgueiras Lima, o Lelé, "como pensar o Teatro Nacional sem os relevos admiráveis que revestem as duas empenas do edifício, ou o espaço magnífico do salão do Itamaraty sem suas treliças coloridas?", difícil imaginar. Athos é o artista de Brasília. As obras que aqui realizou foram feitas para o convívio com a população e carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes."

http://www.fundathos.org.br/athos-bulcao

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