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Papel artesanal, ainda está na minha moda

No início, inúmeras pessoas utilizaram, e depois descartaram, papéis dos mais variados tipos para uma gama imensa de necessidades, sem de fato perceber que, por tabela, estavam consumindo papel. Quem comprou jornal, teve notícias (e papel jornal para descartar).Nas revistas havia muitas imagens, também textos e papel. Na padaria você compra pão e ganha uma sacola de papel (de pão). Em alguns supermercados suas compras chegam bem acondicionadas em sacolas de papel kraft . Moda e acessórios, meias, camisetas, elásticos para o cabelo, cada um tem sua imensa contribuição para a indústria do papel. Alimentos, arquivos de texto, rótulos, calendários, caixas de sapatos, cadernos, pastas de arquivo, correspondência, agendas do passado, caixas de brinquedos e jogos de mesa. A indústria farmacêutica contribui em peso: caixas e bulas são ativas no circuito do papel. E livros, eles sim, no topo.

Duas décadas atrás o papel reciclado artesanal teve seu grande boom: de casca de cebola, de bananeira, de fibra de coco, com flores e sementes. Uma década atrás aconteceu o surto do papel reciclado tipo sulfite: a nova estrela, o reciclato. Absolutamente tudo “devia”ser impresso em papel reciclável- assim iríamos parecer responsáveis respeitosos do meio-ambiente e comprometidos com a pauta global da sustentabilidade. Extratos bancários, sacolas, orçamentos, cartões de visita, tudo impresso nesse fundo creme mélange. Era fácil imaginar as fibras ao olharmos para esse suporte. A era passou. Extratos são digitais, cartões de visita estão em extinção e embalagens diversas continuam sendo de papel, de plástico, de novas tecnologias mais verdes derivadas de fibras da cana do bambu, da palha e do eucalipto. Recebi ong OAT (www.oat.org.br) uma sobra de fantásticos papéis artesanais feitos pelos atendidos, portadores de deficiência intelectual leve e moderada. Havia na ong uma oficina de papel reciclado e produziam agendas, cadernos cadernetas, e papéis que eram vendidos para algumas gráficas. Essa fase acabou e o papel reciclado não está mais na moda, soa até antiquado. Para mim é altamente gratificante ver, manusear, cortar, colar, vincar e desdobrar qualquer tipo de papel. É gratificante que o livro impresso ainda não saiu de moda e o papel artesanal ainda está na minha

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